a escolha do Francisco José Viegas para cabeça-de-lista por Bragança.
Se não for o inspector Jaime Ramos, quem mais conseguirá encontrar uma ideia lançada pela liderança do PSD - ou pelo seu exército de think tanks, políticos ou da sociedade civil - que consiga sobreviver, 24 horas depois de ter sido tornada pública?
(a Peluche estava a tirar a foto, mas também deseja uma Páscoa Feliz para todos)
Assim como a sua família:
Podia ser uma piada de mau gosto, mas não é: um cartão de débito para aceder à sopa dos pobres, aos albergues e a serviços de saúde. Isto, porque os portugueses que recebem benefícios sociais são, nas palavras do vice-presidente do PSD, Diogo Leite de Campos, espertos e aldrabões.
"A minha cabeça vale alguma coisa", regozija-se o mentor da ideia.
Em tempo:
Seria interessante conhecer a opinião do Luís Naves ou do Pedro Correia, de entre vários notáveis defensores da peregrina ideia de que há uma "batota mediática" que protege o PS e Sócrates (mesmo que para onde quer que nos viremos só nos deparemos com um país contado e comentado quase exclusivamente à direita), sobre esta espectacular evolução na apresentação da notícia no Sol online, "suavizando" o seu efeito danoso para o PSD. Quando, (uma vez mais) o dano causado é da única e exclusiva responsabilidade da trapalhada de quem proferiu as declarações. Veja-se:
O antes
E o depois
Com o lote das nossas cabeças de lista, e o know-áue do Marco António, está a nascer uma nova classe política - culta, instruída, bem formada e que vem de fora do sistema - impondo-se pela seriedade, independência e superioridade moral.
Carvalho da Silva, secretário-geral da CGTP, foi apresentar à Troika as propostas que o PCP e o BE não se deviam ter demitido de apresentar. Por respeito pelos portugueses que - enquanto seus eleitores - têm a obrigação de representar.
Peso na consciência?
Porque é que a comunicação social só fala de coisas incómodas e não fala do que eu acho que devia falar? Porquê? Porquê?
A propósito, já leram a minha última crónica sobre o show de ódio do PS? ódio! ódio!
No final do dia, convém haver mais substância. As eleições, estas ou quaisquer outras, não são sobre um partido ou a fulanização afunilada na cabecinha. São sobre todos os partidos e a avaliação da responsabilidade que empenharam no que achamos que correu bem, ou que correu mal; são sobre a confiança que merecem as diferentes alternativas que se apresentam. São sobre o país. P'cebeu, quida?
Quebrando o gelo com uma piada engraçada (o "jornalismo político" protege o PS e Sócrates), o Henrique Raposo lamenta-se por não haver ainda mais direita nos jornais e nas televisões. Se contarmos presidentes de grupos de comunicação, accionistas, linhas editoriais mal disfarçadas, redacções com verdadeiros núcleos laranjinhas, legiões de comentadores, ex-presidentes do PSD, economistas, fiscalistas e achistas, o desejo do Henrique Raposo só não será possível de concretizar por esgotamento de stock.
Pede, depois, que lhe expliquem, "como se fosse muito burro", o interesse da CS nisto, desviando-se da sua verdadeira vocação: malhar mais no Sócrates. Uma vez que é o Henrique a pedir, não custa tentar:
"A escolha de um deputado por parte do PSD (expliquem-me, como se eu fosse muito burro, como é que a escolha de um possível deputado é mais importante do que tudo aquilo que está aqui por cima?)"
Não fosse o caso de se tratar da escolha do possível presidente da assembleia da república, que se alimentou de um discurso desdenhoso para com os partidos e os cargos políticos e que tinha recusado ser candidato a qualquer lugar por qualquer partido, tinhas carradas de razão, brother.
"As negas dos Capuchos a Passos"
Dos Capuchos e das Ferreiras Leites e dos Marques Mendes e dos Menezes e dos Nogueiras, and counting. No léxico político, isto tem um nome (se for preciso, depois explico noutro post).
"As perguntas óbvias e legítimas de Passos sobre as contas públicas (uau, perguntar sobre a ruína das contas públicas é mais grave do que o próprio descalabro das contas públicas. Genial, ah?!)"
Perguntar sobre as contas públicas (que são auditadas pelo TC, INE, Eurostat, CE , BCE), com papelinhos a sair do bolso do casaco e na presença da Troika da CE, do BCE e do FMI, que está cá precisamente para isso e nem quer acreditar no circo montado, uau, é um número e tanto, não é?
"As declarações de Santana Lopes"
A direita que agora o quer varrer para debaixo do tapete é a mesma direita que fez de Santana Lopes PM de Portugal. E que sustentou durante muito tempo (alguns ainda o sustentam) a lenga-lenga de que ainda hoje seria PM de Portugal se Sampaio não tivesse promovido a "golpada". Em que ficamos? Criaram o "bicho" e agora querem esconder o "bicho"?
Não sei se me consegui explicar como se o Henrique Raposo fosse muito burro, mas tenho as minhas limitações. Ao contrário de um mito urbano que vem de longe, não tenho muito jeito para o desenho.
O Carlos Nunes Lopes, que até passa por ser um dos mais credenciados operacionais de comunicação do PSD, convenceu-se de ter feito a fantástica descoberta de que o malandro do Sócrates já estaria a planear eleições antecipadas no início do ano. A prova disso? Ter sido registado, logo em Fevereiro, o domínio socrates2011.com.
Destinado, afinal, a servir de plataforma de comunicação para... as eleições internas do partido e subsequente congresso do PS:
Levar a sério a simples ideia de que Sócrates teria começado a planear a sua própria queda em Fevereiro, pondo em prática um mirabolante plano para levar, através de maléficas ondas telepáticas, um inocente Passos Coelho a chumbar a actualização do PEC, contra a sua vontade e sem saber o que lhe estava a acontecer, já seria suficientemente hilariante. Mas isso são coisas que se pensam dentro de quatro paredes, Carlos. Não se expõem assim, à mercê da ridicularização na praça pública.
andré salgado
miguel cabrita
paula mascarenhas
correio.da.vida@gmail.com
vitor gaspar; schauble; conversa privada