Sábado, 29 de Outubro de 2011

 

Foram dados passos significativos para "modernizar" a monarquia inglesa, se é que isto não é uma contradição de termos. Mudaram as regras da sucessão para permitir que as herdeiras mulheres estejam em pé de igualdade com os homens na linha de sucessão ao trono e não sejam subalternizadas como até agora (!). E, apesar de o acesso ao trono continuar a ser reservado a protestantes, os monarcas passam a poder casar com alguém católico, algo que não era permitido.

 

Como reconheceu o primeiro-ministro David Cameron, estas práticas discriminatórias eram injustificadas e anacrónicas, e já não podiam ter lugar nas sociedades modernas de hoje.

 

Agora, e em obediência aos mesmos princípios, fica a faltar a metade mais difícil (?) do caminho: a abolição da própria monarquia.

 

 



publicado por Miguel Cabrita às 16:49 | link do post | comentar

Quinta-feira, 27 de Outubro de 2011

 

Na mouche: "A austeridade abrange toda a sociedade portuguesa".

 

Vitor Gaspar tem neste ponto toda a razão, e deve ter noção de que se prepara para ter ainda mais num futuro próximo. No entretanto, e talvez porque o ministro tem, aparentemente, andado distraído, a austeridade "abrangerá" todos, mas "abrange" muito mais uns do que outros.



publicado por Miguel Cabrita às 13:21 | link do post | comentar | ver comentários (1)

A narrativa, também aqui, era simples: a falta de confiança era mais um dos problemas causados pelo anterior governo. Mudados os responsáveis, ganha a credibilidade perdida, tudo seria diferente. A começar pela própria confiança, dos mercados e das pessoas. Nos mercados internacionais, sabemos como evoluiu depois do chumbo do pec4 e das eleições. E, no plano interno, se aceitarmos a tese passista da ligação directa entre credibilidade e confiança, estamos conversados. Mas ou muito me engano ou está a caminho uma revisão (mais uma) da teoria: o problema afinal está nos mercados e nas pessoas, que "não percebem o que está a ser feito".



publicado por Miguel Cabrita às 12:40 | link do post | comentar

Quarta-feira, 26 de Outubro de 2011

 

Uma velha praga da sociedade portuguesa, alimentada pelo ciclo do fechamento, privilégio e poder. Os maus hábitos são os mais difíceis de mudar.



publicado por Miguel Cabrita às 17:32 | link do post | comentar

Governo anuncia novo investimento em minas de ouro no Alentejo

O Plano é simples. Primeiro enterramos lá o ouro - presumo que o do Banco de Portugal - e depois extraímos. Chama-se a isto reinventar Portugal:

 

 


publicado por André Salgado às 17:01 | link do post | comentar



publicado por André Salgado às 02:47 | link do post | comentar

Terça-feira, 25 de Outubro de 2011

 

"Só vamos sair desta situação empobrecendo"

"Podemos fazer tudo e isso não bastar para o crescimento"



publicado por André Salgado às 18:32 | link do post | comentar

Ministro da Economia promete (e promete, e promete...) "reinventar" e "marcar" o país em seis meses.

Quatro já lá vão.



publicado por André Salgado às 16:18 | link do post | comentar

Em "solidariedade" com os seus colegas de governo, Aguiar Branco decidiu abdicar também do subsídio de alojamento "apesar de não ter casa própria em Lisboa" e de não pretender residir no forte de S. Julião da Barra - quem sabe a pensar já no pós-coelhismo, o que ao fim de poucos meses de governo não deixa de ser um sinal interessante.

 

Seja qual for a razão, ao fazê-lo erra duas vezes. O subsídio de alojamento faz sentido e é um direito que lhe assiste se reunir condições para o receber; abdicar porque sim depois de o ter recebido durante meses é um acto de populismo sem qualquer justificação. E, evidentemente, fragiliza ainda mais os membros do governo apanhados nesta curva. A não ser tenha sido (também) esse o objectivo. Se foi, este post é para ignorar.



publicado por Miguel Cabrita às 15:05 | link do post | comentar | ver comentários (1)

Segunda-feira, 24 de Outubro de 2011

Foi noticiado que membros do governo têm recebido subsídio de alojamento apesar de serem proprietários de casas em Lisboa. Um deles, o ministro Miguel Macedo que renunciou a esse subsídio "por vontade pessoal" e por "não querer perder um minuto da [sua] atenção com uma polémica deste género". E o Secretário de Estado José Cesário, que anunciou hoje também essa decisão.  Em Portugal, a constante (auto-)flagelação populista "dos políticos" coexiste com um excesso de tolerância face a casos de evidente abuso das funções públicas e das benesses que estas proporcionam - e bem - aos seus titulares. 

 

Percebe-se que Miguel Macedo não queira "perder nem um minuto" com isto. Aliás, nem era preciso que ele ou, em caso de omissão do próprio, o primeiro-ministro, perdessem muito mais. Talvez ele, e quem mais tenha recorrido a este esquema, não tenha infringido a letra da lei. Talvez, porque declarara(m) ter residência permanente em Braga. Mas uma coisa é clara: Macedo e Cesário escolheram tirar deliberadamente partido de uma formulação legal usando-a para um fim obviamente diverso daquele a que se destina. O que está errado não é o subsídio (e vários membros do governo recorrerem a ele), mas sim o uso que dele terá sido feito pelo menos nestes dois casos.

 

Quem é proprietário de uma casa que possa servir de residência permanente em Lisboa, não precisa de subsídio nenhum e não tem eticamente direito a ele, por não se tratar de um complemento salarial mas sim de um apoio com um fim preciso. A não ser que o dito imóvel seja inapropriado ou inabitável por alguma razão passível de ser demonstrada - coisa que, imagino, já teria sido invocada se fosse o caso.

 

Não há muitas voltas a dar. Ou quem embarcou neste tipo de estratagema se demite ou é demitido por quem de direito. Em rigor, a incapacidade dos próprios para reconhecerem o erro e que se trtou de um comportamento reprovável só reforça a inevitabilidade desta solução. E talvez não fosse má ideia devolver o dinheiro indevidamente recebido. Bem visto o que está em causa, para coisas tão simples um minuto chega e sobra.



publicado por Miguel Cabrita às 15:04 | link do post | comentar | ver comentários (1)

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