"Desliguei-me da política e renovei a minha carteira de jornalista, a minha profissão desde 1991. Os meus direitos como pessoa e como jornalista - desde logo, de perguntar seja o que for a seja quem for - e o primeiro-ministro não é intocável, como os corporativos parecem pensar - não podem ser postos em causa em função das minhas antigas ou actuais opções políticas. Ou será que eles julgam que podem?"
- Paulo Pinto Mascarenhas, jornalista interessado em saber o que o wikileaks lhe poderia contar sobre Sócrates, apagando depois o seu tweet de contacto, aqui.
Não, Paulo, os seus direitos como pessoa [?] e como jornalista não são, nem podem ser - evidentemente - postos em causa. Pergunta o que muito bem entende, a quem muito bem entende, sobre quem muito bem entende. Que sinta necessidade de apagar o rasto às suas perguntas, isso é um constrangimento que só lhe diz respeito a si. O que pode, evidentemente, e como qualquer pessoa, é ser publicamente escrutinável, em nome de algo tão simples como a mais elementar e saudável transparência, para que fiquemos - todos nós e os seus leitores em particular - esclarecidos sobre as motivações políticas do trabalho jornalístico da nossa praça. Ganhamos todos. Principalmente os seus leitores, que poderão, com peso e medida, avaliar cada uma das suas curiosas palavras: "desliguei-me da política".
andré salgado
miguel cabrita
paula mascarenhas
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vitor gaspar; schauble; conversa privada