Jardim, o responsável pelo buraco da Madeira, o que mentiu e falsificou as contas da região, já recuperou a credibilidade para ser o mandatário regional de Passos Coelho à liderança do PSD. Candidatura de orçamento zero, dizem-nos. De ausência de vergonha na cara, com toda a certeza.
Governo espera empregar 3 mil pessoas por mês até 2013
Ora, 3 mil empregos por mês...
vezes dois anos...
mais aquele outro programa...
para abranger 35 mil desempregados há mais de 6 meses...
isto dá, mais coisa, menos coisa:
É isto, não é?
Uma maioria a suportar um governo que pretende moldar uma sociedade nova, numa espécie de marxismo do avesso, esmagando a existente, como se estivesse a brincar com plasticina.
Um primeiro-ministro que trata o seu povo por piegas, enquanto lhe explica que deve empobrecer.
Um presidente que foge a sete pés do protesto de um grupo de miúdos do secundário.
Sá Carneiro deve estar a dar voltas no túmulo.
Frase de conclusão da seguinte apreciação da mudança de comando técnico no Sporting:
"qualquer dia até o paulinho é treinador do Sporting"
Hilário, antigo jogador do clube, ao Record.
Dizem que baixar expetativas é boa política...
12 de Fevereiro de 2012: "o caminho está traçado", é preciso "sustentar o projeto", mudar de treinador "não está em causa", "os resultados do clube não satisfazem, mas a equipa [técnica] que dirige o Sporting é outra coisa".
13 de Fevereiro, menos de 24 horas depois (no mesmo dia em que um vice-presidente anuncia novo sistema de segurança "em HD" que terá custado meio milhão de euros, coisa notável para um clube em dificuldades): Paciência demitido, Sá Pinto treinador. O mesmo que, despedido há dois anos de diretor para o futebol por ter agredido um jogador do clube depois de um jogo, protagonizara enquanto jogador, além de outros episódios emblemáticos, uma cena em tudo semelhante à que motivou há poucas semanas o afastamento de Bojinov, ao impedir um colega de marcar um penalti.
O presidente do Sporting, que até agora pouco ou nada tem sido contestado internamente depois de umas eleições ganhas por um milímetro, pode ter mudado de opinião em 24 horas ou outros podem ter feito com que tenha mudado, abrindo caminho a este poker de altíssimo risco. Seja como for, o caminho estará traçado.
Tem sido noticiado que Vítor Gaspar foi "apanhado" numa conversa "privada" com Wolfgang Schauble antes da última recente reunião do Eurogrupo. Manda a verdade dizer que é Schauble quem fala o tempo todo e que Gaspar parece tentar desviar a conversa assim que pode para a "european framework". E manda a razoabilidade entender que Gaspar não pode mandar calar o seu interlocutor nem virar-lhe costas a meio de uma frase.
Por isso, e além do conteúdo da conversa, a questão é ainda outra. É que conversas "informais" tidas nos breves minutos em que a sala do Conselho é aberta a uma turba de repórteres para gravar imagens dificilmente serão "privadas". Nem podiam ser, dada a exiguidade do espaço. Ora, está muito longe de ser a primeira vez que Schauble, como todos os outros, está naquela situação. Já todos lidaram com jornalistas e captação de imagens em centenas de ocasiões anteriores, no Conselho ou noutros contextos.
Por isso, das duas uma. Ou quem fala não tem noção nenhuma do que está a fazer e então a famosa "má moeda" (neste caso, o mau euro) não é mesmo um problema exclusivo de Portugal, ou quem fala tinha a exata noção de onde estava, do que estava a dizer e a quem.
...e de engolir sapos, nem sempre os mais pequenos do mundo (como o da fotografia), de vez em quando chegam boas notícias da Grécia.
Jorge Sampaio criou, em tempos, um "grupo de Arraiolos" para presidentes sem poderes executivos. Cavaco aproveita-o, e bem, para elogiar o acordo de concertação recentemente conseguido - embora talvez tenha escolhido mal o contexto em que o fez, marcado por uma cultura ativa de promoção de equilíbrios nas relações laborais.
Opção infeliz ou não, sempre vamos tendo pistas de como o presidente gere e ocupa este seu tempo de poderes não executivos, numa era de sacrifícios cujos proclamados limites entretanto se desvaneceram, nos intervalos do facebook e outras atividades. Como noutros casos, e como é há muito timbre deste presidente, sempre sem perder de vista os interesses próprios. Que isto de gabar os pontos sem ver os nós não só é fácil como até dá jeito para quando aparecem nós que contem para alguma coisa na agenda presidencial e a que haja mesmo interesse em dar atenção. São é poucos, e escolhidos a dedo.
andré salgado
miguel cabrita
paula mascarenhas
correio.da.vida@gmail.com
vitor gaspar; schauble; conversa privada