A memória a reter - a única, por sinal - da estreia do novo primeiro-ministro na cimeira europeia, foi a revelação, diligenciada para que constasse, de ter optado por viajar em económica e não em executiva. O sinal dado ao povo, de assim se estar já a resolver o equilíbrio das contas públicas, deve ter provocado um curto-circuito em muitas cabecinhas que passaram os últimos anos a vituperar o governo de Sócrates por viver de propaganda.
A levar a sério a patetice, o que se seguirá? As deslocações oficiais a sairem dos ministérios a cavalo num burro? O anúncio de que os membros do governo só vestirão nos saldos da maconde? Eduardo Pitta retrata bem a pepineira, Pedro Marques Lopes e Fernando Martins recordam-nos o triste fado: quando se trata de se enxovalhar e apoucar, não há ninguém tão voluntarista como a própria classe política. Depois queixem-se.
andré salgado
miguel cabrita
paula mascarenhas
correio.da.vida@gmail.com
vitor gaspar; schauble; conversa privada