Não há problema algum com a inexistência de sinais na redução da despesa pública, garantem-nos, porque o calendário do acordo com a troika ainda não o prevê. Certo. Mas eis que chegamos à rotunda: o mesmo calendário do acordo com a troika também não prevê a necessidade da criação de um imposto extraordinário nem a antecipação de outros impostos. Adivinhem qual dos sinais o governo escolheu dar primeiro.
Mas a cereja no topo do bolo é a descoberta do novo ovo de colombo: o aumento de impostos é, na verdade, um corte na despesa. Como? Fácil. Uma boa parte do saque nos novos impostos incide sobre os funcionários públicos, inscritos na despesa do Estado. A partir de agora é oficial: quem quiser cortar na despesa aumenta os impostos. Fantástico, não é? Um Nobel para o Luís Naves.
andré salgado
miguel cabrita
paula mascarenhas
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vitor gaspar; schauble; conversa privada