Enquanto estuda o alargamento das razões para os despedimentos - indo mais longe que a troika, como assinalou o prof. Marcelo -, o governo apresenta-se ao serviço para combater o desemprego. Diz-nos o Álvaro que vai pedir (sic) às empresas que contratem desempregados há mais de seis meses para lhes dar formação. O programa do Estado contribui com 420 euros até seis meses e a empresa põe o remanescente, conforme acorde com o contratado.
O que não se diz é se os contratados poderão sê-lo pelo salário mínimo e qual a natureza do vínculo contratual a que a empresa fica obrigada. Traduzindo para português empresarial: no pior cenário, as empresas poderão usufruir por 6 meses de mão-de-obra barata experiência formativa a 65 euros por mês (a diferença para o salário mínimo) e depois "obrigadinho e boa sorte".
A medida, assim as empresas acedam ao "pedido" do Álvaro, pretende abranger 35 mil. Os desempregados há mais de seis meses são 460 mil.
andré salgado
miguel cabrita
paula mascarenhas
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vitor gaspar; schauble; conversa privada